Desculpas há muitas...

e esta é uma delas.

Estive ausente do blog. Como era suposto ser, mas nada disse sobre o assunto. Digo agora que ainda é tempo. :P O bom  motivo da minha ausência deveu-se a uma das minhas viagens de sonho (e que estava na lista de destinos a visitar antes de quinar de vez). Perguntam vocês: Egipto? Tibete? Nova Zelândia? Austrália? Respondo: está na lista mas por motivos financeiros, de momento não consigo ir tão longe. Quem sabe um dia destes fico euromilionária e aí sim, ano sabático e lá vamos nós (eu e o Bá) sem destino calculado. :P Estivemos na Europa, num dos 4 países constituintes do Reino Unido: Escócia. E valeu cada libra gasta. Um destes dias logo conto qualquer coisita desta viagem de 8 dias. :P


Tenho 5 "terças reflexivas" para postar, e é isso mesmo que vou fazer.

Carpe Diem! 

Backpfeifengesicht*

*Palavra alemã que significa
“um rosto a precisar muito de um soco”.
    

Não sei se sou eu a merecê-lo por ter o terrível hábito de afeiçoar-me a certas pessoas (e de levar chicotadas a seguir) ou se são essas mesmas pessoas a precisar de uma lambada nas fuças. Mas não estou a referir-me a pessoal que nada me diz. Antes pelo contrário. Refiro-me a seres que estão na iminência de tornarem-se amigos, mas que há qualquer a atrasar esse processo. E na fase de recrutamento para a lista amigável há tanta coisa a acontecer, a ponderar, a rever, a questionar. Há sempre o benefício da dúvida a pesar na balança; o déjà vu a espreitar de vez em quando atrás da porta para ver se estou atenta aos seus passos... e os estalos a aproximarem-se.

Sim, as questões das potenciais amizades têm muita estória para contar e muito pano para mangas alinhavar. E já agora, muito soco para dar. Mas ao menos espero que a bendita bofetada sirva para tomar a atitude certa, na hora certa.

Get lost with me. =)


"Choice: It’s almost a dirty word for Millennials. While growing up, we are told that we can do anything we want. We can be whatever we want to be. First female president, a rocket scientist, a heart surgeon or a Hollywood star. From the age of 4, you can enroll in any type of after school activity to start living your dream.
But more often than not, these choices make us confused. We want to do everything. We want to become famous, rich, have a good education, have fun, be a top athlete and, in the end, we have no actual idea what we really want. We have no idea what makes us really happy. So many of us get stuck in looking for our passion and looking for our purpose in life.
It can suffocate us. Sometimes we find ourselves longing for the time our parents or grandparents grew up in. Your life was pretty much predetermined by social and financial boundaries.
We drop out of college because that path we took wasn’t all what we thought it would be. We want to travel and see the world, only to get back to college. We switch careers, jobs, hobbies, sports and the places we want to live. There are just too many choices, they all look great, but in the end, they don’t feel quite right when we make them.
So we end up wandering, waiting and longing to find a meaning. Looking for our passion everywhere. But the truth is, you don’t need to look anywhere. You just need to live. You know what you like to do and you know what you don’t like to do.
Dreams change. When I look around at the lives of people I have known quite some time, it surprised me to see that their lives changed when they changed partners.
All of a sudden, people are interested in things they never were, and doing stuff they have never done before. I was even more surprised to come to the conclusion I am doing the exact same thing! I thought that this was a bad thing. I was wondering why I got so caught up in the lives of my boyfriends, forfeiting a life of my own.
But then I realized that dreams change, people change and doing different things isn’t bad at all. Of course, you should never give up the things you love doing for someone else, but there’s a lot of stuff out there that is a lot of fun to do. Your life doesn’t have to consist of doing one sport on the highest level, or making your hobby your career.
It’s okay to suck at surfing and salsa, to not know anything about art, but to still have a great time at the beach, at salsa classes and in a museum with paintings you know nothing about. If you like it, just do it.
If you know what you want, great! Go for it. Work hard to reach your goals and your dreams. If you’re still looking, and have no clue, stop looking.
Because you can choose all you want, you don’t have that much say in it in the end anyways. You might work hard all your life to become a top-notch lawyer. And then you have an accident and can’t practice law anymore. Or you get sick and need to stop working all together. Life sometimes just gets in the way.
You have to be flexible about your dreams and goals. Things change, people change, dreams change and that’s a good thing. If you learn how to embrace life as it comes, love doing a lot of things and don’t get sour when something doesn’t work out, you will always have joy.
Don’t get caught up in making choices, choose them all. Don’t be scared by people who live and breathe one thing and make you feel bad about your skills or knowledge about something. Don’t sit on the couch and look at TED-clips that inspire you and expect to one day choose something. Go out there, do what you want to do and have fun. Make life your passion and not your life about finding your passion."

[Robinn Van Der Vegt]


Primavera onde andas tu?

São Pedro não dá tréguas. Mesmo.
De uns dias radiosos de Primavera, passámos para momentos diários de chuva intensa, torrencial, frios. Num abrir e fechar de olhos. Parece-me que a estação florida teima em não querer manter-se connosco por mais tempo. Pelo menos por enquanto. 

Vá ver, "Sã Pedrite". Vai lá descansar uma temporada que bem precisas. E nós também. 

© Nélia Correia

© Nélia Correia



Free Hugs





Por aqui abraçamos.
Muito.
E amamos ainda mais.
Sentimentos desmedidos e tão bons de serem carinhosamente sentidos por todos aqueles que necessitam. E aos que não precisam no momento mas que pedem-no através do olhar.

E é grátis.
=)

Let it go...


 Ainda não vi o filme Frozen

(da Disney, essa eterna e acolhedora casa que acompanha o lentíssimo crescimento da minha pessoa - sou pequena no tamanho - e 'tou-me nas tintas para quem se importa com isso -,
mas enorme
quando vejo talento, grandes vozes, melodias, excelentes composições musicais no primeiro instante de um vídeo, CD, ...)

mas adoro esta música/letra. =)

A carta que nunca te escrevi


© Nélia Correia




Preciso de um café.
E de um cigarro também.
O que vou dizer-te
faz-me querer estes dois prazeres palpáveis 
enquanto escrevo para ti, que já não estás cá,
entre nós, 
comigo.
Posso até parecer severa, 
estúpida 
ou mesmo cruel 
perante tais palavras iniciais, mas não é, de todo, essa a intenção desta carta que te escrevo. 
Verás, à medida que escrevo, 
para ti, 
a ti,
que o propósito é exactamente o oposto
do que leste.
Mas tu sabes.


O café está na mesa,
pronto a ser tomado.
O cigarro, 
prestes a ser fumado.
Pode parecer tolo da minha parte,
 (ou talvez não)
mas passados tantos anos 
da tua partida
ainda me custa falar em ti,
de ti,
sem que chore
ou sorria
por não contiuarmos a nossa aventura 
no país da amizade
neste plano terreno.




Pego na chávena de café
E dou um gole, suave.
Acendo e dou uma passa no cigarro.
Inspiro e expiro profundamente o ar que me circunda.
Estou prestes a revelar-te o que já sabes 
após estes anos de ausência tua 
e do "querer-escrever-para-ti e de não-conseguir"  da minha parte.


Caraças como isto é difícil.
E como sabes tão bem disso.
Tal como o café e o cigarro que bebíamos 
juntas
sempre que nos juntávamos
fosse para o que fosse.
Mas este café que bebo agora
neste momento
e este cigarro
que estou a fumar
não têm o mesmo sabor de outrora.
E tu sabes disso.
Oh como sabes!
Não estamos juntas.
Já não há momentos juntas
aqui
agora.
Este café e este cigarro
eu
não são os mesmos.
Por que tu não estás.
Este café esfriou.
Mas acabei por bebê-lo, mesmo assim.
O cigarro já foi fumado, pois já não há mais para fumar.
Não te preocupes.
Faço mais café.
E fumo mais um cigarrito por ti.
A ti.
Só deixei de beber Licor Beirão 
e tu sabes o porquê. =)
O resto mantém-se, 
mas tu já sabes.

Enquanto me sirvo de mais um café
E acendo mais um cigarro
Já me sinto capaz de escrever
para ti
a ti
Tudo aquilo que ainda não fui capaz de dizer-te
todos estes anos
e que tu já sabes
Mas que se torna mais fácil
escrever para ti
aqui
e agora.

Querida Amiga A.S.,

Após 7 anos de silêncio, escrevo-te. Escrevo para ti aqui, pois não consigo falar contigo de forma alguma. 
O teu número de telemóvel já não se encontra activo, o teu email também não e já só me resta mesmo escrever aqui. Ou falar contigo de forma telepática, como se escutasses o que te digo. E eu sei que o fazes. Como se ainda estivesses aqui, comigo; connosco. 
Lembro-me tanto de ti em tantas circunstâncias... Tantas... Hoje sorrio. Outrora era o choro copioso que comandava esses momentos que me lembravam de ti. Pelas saudades que sentia por ti e por teres partido tão cedo e tão nova e de forma tão repentina como foste.

A tua partida custou-me imenso. A despedida foi muito forçada e de que maneira. E tu sabes bem disso. Ainda hoje me custa. Mas já não é de forma tão dolorosa como foi em tempos. 
Passei por todas as fases do luto. 
Todas. Sem excepção.
Levou tempo. Muito tempo mesmo. Ainda me custa, é certo, que não estejas aqui. Mas aprendi a aceitar perder-te, desta vida, pois encontrei a paz e a serenidade que necessitava (e que havia perdido quando te perdi), cara amiga do coração.
Não te esqueço, e tu sabes bem disso. Nem esqueço o que foste, representas e representarás para mim. E se tiver que chorar por ti, choro de felicidade e alegria por teres feito parte da minha vida. Ainda fazes. 

Hoje sim. Já me sinto capaz de dizer-te o que queria quando foste descansar deste mundo para um outro plano que não este.
Portanto,
aqui e agora. 
Esta é a carta que queria escrever-te
Quando me sentisse preparada para o fazer
Aqui está. =)
Adoro-te. E sempre te hei-de adorar.
Pelo que foste, és e continuarás a ser para mim:
Aquela AMIGA que todos os AMIGOS haviam de ter, um dia.

Obrigada, minha irmã por fazeres parte da minha vida. =) Luv u ma friend. ***



E vai mais um café
e um cigarro
(só não bebo neste momento uma caipirinha
ou um mojito (que são as bebidas que mais amo
neste momento)
por não ter cachaça/rum e limas.
Mas acho que já sabes, sua magana. =)




Quando...



Quando...
Quando mais...
Quando mais nada...
Quando mais nada restar...

Lembra-te...
nas fracções de segundo...
desses restantes momentos que te restam que:

- sentiste o que quer que fosse
 (ou preferias não tê-lo sentido);
- amaste quem quiseste amar
(ou não gostaste nem um pouco disso);
- tiveste experiências doces
 (e fragmentos experimentais que pretendias esquecer);
- viveste o que quiseste, da forma que te apeteceu, como querias
(e talvez quiseses ter feito algumas coisas de outra maneira)


De qualquer forma, 
viveste à tua maneira.




Quando...
Quando mais...
Quando mais nada...
Quando mais nada restar...

Lembra-te disso. ;)
E que Frank Sinatra esteja contigo. :D


De volta para o meu aconchego. =)

"Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade (...)"


Xiii... Há quase dois anos que não publicava o que quer que fosse neste cantinho. 2 anos, caramba. Como o tempo passa. E de que maneira. E eu que o diga.  

 © Nélia Correia

Durante este período de silêncio,
desarrumei a bagunça de ideias e chatices que existiam na minha cabeça (e a colocar apenas o essencial e indispensável no baú de memórias), 
comecei a sentir o amor em todos os lugares em que me senti bem,

© Nélia Correia




fiz as pazes com o passado, 
entreguei-me ao presente conforme fui sentindo as vibrações do momento,
quanto ao futuro, vivo o momento do presente, e sinto-me bem desta forma, 
chorei e sorri,
perdi e conquistei,
mudei espiritual, geográfica e fisicamente de lugar,
saí da concha e mostrei de uma vez por todas que o que me faz sentir realizada, feliz e de bem com a vida é ter uma máquina fotográfica nas mãos (tenho novo blog, na concorrência, página no facebooka conta no Flickr continua activa.Tudo inteiramente dedicado à Fotografia),



 © Nélia Correia



Lélé e Bá têm finalmente o seu ninho herdado,

© Nélia Correia


novas amizades surgiram e mantemos a AMIZADE com quem nos conhece há "séculos". :)
o Hórus (o patudo mais lindo e doce do universo) continua a mostrar a sua beleza e doçura, a encantar quem o conhece e  a fazer asneiras quando não recebe a atenção devida, 


© Nélia Correia


descobri facetas em mim que nem sequer sabia que (alguma vez) pudessem existir,
entrei na casa dos 30 este ano e espero que este novo lar me traga tanto de bom, de excitante, de errado, quanto os "loucos" anos 20,
eliminei toxinas humanas e que respiram/aspiram/transmitem más energias,
caminhei por trilhos que apenas imaginei nos meus sonhos,
li, li muito, li o que quis e o que não quis: livros, revistas, blogues, artigos, notícias (amei umas e odiei outras),
zanguei-me com o meu amor tantas e tantas vezes (e não, não foi a ouvir Amália Rodrigues), e amei-o tantas outras (e continuo a zangar-me e a amá-lo de igual modo),

fiz tanta coisa que já nem me lembro e tanta coisa que não quero esquecer.

Nos entretantos disto tudo, espero continuar a amar quem me ama, a gostar de quem me gosta, fotografar (e a errar, a paticar, a errar sempre, e a praticar mais ainda) e a escrever (mesmo que sejam devaneios, pensamentos estúpidos, teorias de "bradar aos céus"). =)

"(...) Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar (...)"
Elba Ramalho

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