Free Hugs





Por aqui abraçamos.
Muito.
E amamos ainda mais.
Sentimentos desmedidos e tão bons de serem carinhosamente sentidos por todos aqueles que necessitam. E aos que não precisam no momento mas que pedem-no através do olhar.

E é grátis.
=)

Let it go...


 Ainda não vi o filme Frozen

(da Disney, essa eterna e acolhedora casa que acompanha o lentíssimo crescimento da minha pessoa - sou pequena no tamanho - e 'tou-me nas tintas para quem se importa com isso -,
mas enorme
quando vejo talento, grandes vozes, melodias, excelentes composições musicais no primeiro instante de um vídeo, CD, ...)

mas adoro esta música/letra. =)

A carta que nunca te escrevi


© Nélia Correia




Preciso de um café.
E de um cigarro também.
O que vou dizer-te
faz-me querer estes dois prazeres palpáveis 
enquanto escrevo para ti, que já não estás cá,
entre nós, 
comigo.
Posso até parecer severa, 
estúpida 
ou mesmo cruel 
perante tais palavras iniciais, mas não é, de todo, essa a intenção desta carta que te escrevo. 
Verás, à medida que escrevo, 
para ti, 
a ti,
que o propósito é exactamente o oposto
do que leste.
Mas tu sabes.


O café está na mesa,
pronto a ser tomado.
O cigarro, 
prestes a ser fumado.
Pode parecer tolo da minha parte,
 (ou talvez não)
mas passados tantos anos 
da tua partida
ainda me custa falar em ti,
de ti,
sem que chore
ou sorria
por não contiuarmos a nossa aventura 
no país da amizade
neste plano terreno.




Pego na chávena de café
E dou um gole, suave.
Acendo e dou uma passa no cigarro.
Inspiro e expiro profundamente o ar que me circunda.
Estou prestes a revelar-te o que já sabes 
após estes anos de ausência tua 
e do "querer-escrever-para-ti e de não-conseguir"  da minha parte.


Caraças como isto é difícil.
E como sabes tão bem disso.
Tal como o café e o cigarro que bebíamos 
juntas
sempre que nos juntávamos
fosse para o que fosse.
Mas este café que bebo agora
neste momento
e este cigarro
que estou a fumar
não têm o mesmo sabor de outrora.
E tu sabes disso.
Oh como sabes!
Não estamos juntas.
Já não há momentos juntas
aqui
agora.
Este café e este cigarro
eu
não são os mesmos.
Por que tu não estás.
Este café esfriou.
Mas acabei por bebê-lo, mesmo assim.
O cigarro já foi fumado, pois já não há mais para fumar.
Não te preocupes.
Faço mais café.
E fumo mais um cigarrito por ti.
A ti.
Só deixei de beber Licor Beirão 
e tu sabes o porquê. =)
O resto mantém-se, 
mas tu já sabes.

Enquanto me sirvo de mais um café
E acendo mais um cigarro
Já me sinto capaz de escrever
para ti
a ti
Tudo aquilo que ainda não fui capaz de dizer-te
todos estes anos
e que tu já sabes
Mas que se torna mais fácil
escrever para ti
aqui
e agora.

Querida Amiga A.S.,

Após 7 anos de silêncio, escrevo-te. Escrevo para ti aqui, pois não consigo falar contigo de forma alguma. 
O teu número de telemóvel já não se encontra activo, o teu email também não e já só me resta mesmo escrever aqui. Ou falar contigo de forma telepática, como se escutasses o que te digo. E eu sei que o fazes. Como se ainda estivesses aqui, comigo; connosco. 
Lembro-me tanto de ti em tantas circunstâncias... Tantas... Hoje sorrio. Outrora era o choro copioso que comandava esses momentos que me lembravam de ti. Pelas saudades que sentia por ti e por teres partido tão cedo e tão nova e de forma tão repentina como foste.

A tua partida custou-me imenso. A despedida foi muito forçada e de que maneira. E tu sabes bem disso. Ainda hoje me custa. Mas já não é de forma tão dolorosa como foi em tempos. 
Passei por todas as fases do luto. 
Todas. Sem excepção.
Levou tempo. Muito tempo mesmo. Ainda me custa, é certo, que não estejas aqui. Mas aprendi a aceitar perder-te, desta vida, pois encontrei a paz e a serenidade que necessitava (e que havia perdido quando te perdi), cara amiga do coração.
Não te esqueço, e tu sabes bem disso. Nem esqueço o que foste, representas e representarás para mim. E se tiver que chorar por ti, choro de felicidade e alegria por teres feito parte da minha vida. Ainda fazes. 

Hoje sim. Já me sinto capaz de dizer-te o que queria quando foste descansar deste mundo para um outro plano que não este.
Portanto,
aqui e agora. 
Esta é a carta que queria escrever-te
Quando me sentisse preparada para o fazer
Aqui está. =)
Adoro-te. E sempre te hei-de adorar.
Pelo que foste, és e continuarás a ser para mim:
Aquela AMIGA que todos os AMIGOS haviam de ter, um dia.

Obrigada, minha irmã por fazeres parte da minha vida. =) Luv u ma friend. ***



E vai mais um café
e um cigarro
(só não bebo neste momento uma caipirinha
ou um mojito (que são as bebidas que mais amo
neste momento)
por não ter cachaça/rum e limas.
Mas acho que já sabes, sua magana. =)




Quando...



Quando...
Quando mais...
Quando mais nada...
Quando mais nada restar...

Lembra-te...
nas fracções de segundo...
desses restantes momentos que te restam que:

- sentiste o que quer que fosse
 (ou preferias não tê-lo sentido);
- amaste quem quiseste amar
(ou não gostaste nem um pouco disso);
- tiveste experiências doces
 (e fragmentos experimentais que pretendias esquecer);
- viveste o que quiseste, da forma que te apeteceu, como querias
(e talvez quiseses ter feito algumas coisas de outra maneira)


De qualquer forma, 
viveste à tua maneira.




Quando...
Quando mais...
Quando mais nada...
Quando mais nada restar...

Lembra-te disso. ;)
E que Frank Sinatra esteja contigo. :D


Translate

Copyright

© Todos os direitos reservados.